Mi - ami!

Estou longe, noutro continente, num sitio onde prolifera a variedade, como diria o meu pai há de tudo vário e muito, estou em trabalho mas ontem depois do trabalho que acabou a desgraçadas horas de cão sarnento fui, como é obvio, dar uma saltada ver o que se passa o que rula por aqui.
O movimento é muito, a oferta é maior ainda. O indiano escancara os olhos a cada aglomerado, a Sabrina espiga-se com os comentários, foda-se há de tudo eu digo que a qualidade é muito baixa o indiano diz que não, que é boa, foda-se na tua terra há melhor que isto, voltamos à discussão do artificial, aqui há putedo com mais silicone no corpo do que o silicone necessário para vedar 200 janelas. Eu gosto de apreciar curvas, mas sou um gajo que gosta do natural, mandam vir, eu rectifico, gosto do trabalhado mas trabalhado ao natural. Foda-se não me venham com merdas eu todos os dias, faça chuva ou faça sol às 7.30 da manhã já tenho no lombo 40 min de esforço físico, mantenho-me bem. Não é preciso encher aqui e ali artificialmente, descaracteriza, essa merda lixa-me, perguntam-me se já vi trabalhos perfeitos. Volto a dizer, sim já vi mas à vista, ao toque sente-se e não me agrada a sensação. O italiano diz-me que não quer saber, marcha tudo, foda-se gajos que não aprendem caralho, qualidade! É pedir muito?? Qualidade! Pode ter esta ou aquela imperfeição, pode nem ser um monumento, desde que tenha qualidade. Mas afinal o que é ter qualidade, larga a Sabrina para cima da mesa … vamos lá escolher com qualidade para mostrar à Sabrina. Esta merda é um mundo, esta semana que aqui vamos estar vou ter dificuldades de manter este gado na cerca, só pulam a cerca com a minha autorização, senão temos porras e metem-se em trabalhos, não sabem lidar com a canalha dos gangs, puta que pariu Miami é fudido para gente que acha que já viu tudo, eu ainda tenho o mundo todo para ver! Mas pelo que tenho constatado na vida, há partes do mundo que dispenso, olá se dispenso!
*A fotografia, à revelia, é necessária!
Ao italiano saltaram-lhe os olhos da orbita, o indiano achou curioso, a sabrina perguntou-me, *e tu que achas?*.
Foda-se!
Mau, muito mau, mesmo mau, do pior! Nem se fosse à passagem da fiambreira por umas 40 ou 50 vezes. Foda-se, mau não é o meu mercado, asco do caralho! Ainda pensei que ia ter pesadelos com esta puta desta visão, mas não, dormi bem, nada me atormentou a cabeça, foda-se!