quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Estranho

Escrevo este texto entre Madrid e Ibiza, entre a dor que é perder e a alegria que é ganhar, entre o desejo e o desespero, entre a vontade e a inércia, entre o que sou e o que gostava de ser, entre a tempestade e o porto de abrigo, entre o melhor que tenho e o pior que sinto … estou de partida e de chegada, parto para não sei onde e chego onde quero …
Ficou tudo por dizer, fui apanhado de surpresa, logo eu que a probabilidade de surpreenderem está a um nível sem valor suficiente para ser mencionado. Porra surpreendeste-me eu esperei, sim eu esperei, e agora? Agora nada, disseste tu, gora não muda nada fica tudo igual! Fica? Fica tudo igual? Igual a quê?
Falta-te dizer tantas coisas alguma vez na vida vais ter coragem de dizer?
Pergunto, vais? Eu estou calcinado na espera, no enclave da espera, espero que digas, espero que tenhas coragem, espero que grites, espero que berres, espero que esperneeis, espero que ferva a água, espero que corra o sangue, espero que a lágrima caia, espero, espero, espero …
Tu antes de começares disseste, não grites, não te zangues, não julgues, não agridas …

Eu espero que um dia nada fique por dizer, que os olhos não fiquem a brilhar enquanto as gargantas doem do enorme nó que ali fica.
Agora depois disto não sei que diga, que faça, que pense!
Logo eu um gajo que até tem resposta para tudo, um grande FODA-SE é o que tenho a dizer!
Putaquepariuestamerdatodaestoufudidoateàmedulasomeapetecepartirestamerdatodafoda-secaralho!

1 comentário:

Menina Veneno disse...

Acontece aos melhores... :P